Liberação da Pesca Profissional em Peixe gera insatisfação da população

A SEAP – Secretaria de Pesca e Aquicultura, entidade federal do ministério da pesca, liberou para a Z-25, Colonia de Pescadores Regina Oliveira, de Peixe-To, que conta com um grupo de 82 pescadores, uma licença para praticarem a pesca profissional no Municipio de Peixe-TO (rios e lagos). Esta medida vem causando descontentamento em diversos segmento da sociedade, pois este tipo de atividade utiliza meios predatórios, como redes, tarrafas e arpões, proibidos pela lei estadual nº 013/97. A pesca profissional também poderá causar um desequilíbrio ambiental, devido ao grande volume de pescado liberado, uma vez que cada pescador poderá capturar até 150 quilos de peixes por semana.
Preocupados com o futuro, que envolve a pesca de sub existência, pesca amadora e esportiva, alguns empresários do ramo de Pesca, Náutica e de outros segmentos que direto ou indiretamente estão ligados à atividade pesqueira, estiveram no último dia 22 de fevereiro no ministério público de Peixe para protestar contra esta liberação. Na mesma data a promotoria promoveu uma reunião que contou com a presença dos representantes da STOPE – Sociedade Tocantinense de Pesca Esportiva, Empresários de Peixe e Gurupi, representante da ADTUR – Agência de Turismo do Tocantins, representantes do Colonial de Pesca Profissional de Peixe, Enerpeixe e do Cipama entre outros. Após o encontro a promotor Matheus Ribeiro dos Reis, de Peixe, convocou uma audiência pública, para o próximo dia 15 de março de 2010, a partir das 14h em Peixe, para uma definição sobre a questão.

As entidades contrarias as atividades de pesca profissional no Tocantins justificam que os rios do estado não suportam uma carga deste porte, e que caso prevaleça está atividade de pesca nos rios do estado, em um futuro bem próximo muitas espécies serão extintas, prejudicando o turismo e o lazer, como já está acontecendo em outros estados do Brasil, entre eles Pará e Moto Grosso, que eram muito ricos em peixes.